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    Cuidar da saúde dos pulmões é uma urgência no Brasil

    25/10/2023 / por Fundação ProAr

    Estima-se que 7 milhões de brasileiros tenham doença pulmonar obstrutiva crônica, mas só 12% já foram devidamente diagnosticados

    A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é a quarta causa de óbitos no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
    Também conhecida como bronquite crônica e enfisema pulmonar, a condição é fatal para quatro brasileiros a cada hora, levando 96 pessoas a óbito por dia, num total de 40 mil por ano.
    Para pessoas com DPOC, que não conseguem respirar adequadamente, as atividades mais cotidianas, como varrer a casa, subir ou descer escadas e até mesmo tomar banho se tornam difíceis.
    O cenário fica ainda mais desafiador quando os indivíduos não associam os sintomas com a doença, e devido às longas filas de espera para a realização do exame específico que é a espirometria. Além disso, no Brasil, 70% dos casos são subdiagnosticados.
    Alguns levam até dois anos para conseguir um diagnóstico e 50% dos que confirmam a doença já se encontram em estado avançado.
    Existem soluções eficazes para melhorar a qualidade de vida e reduzir a jornada desses pacientes. Entre elas, destaco a urgência de investimento na capacitação e no treinamento remoto de profissionais da atenção primária à saúde (APS), no sentido de acelerar a realização dos diagnósticos.
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    + Leia também:Sem cura, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) exige detecção precoce
    O cenário da DPOC no Brasil é extremamente desafiador.
    Existe um gargalo no sistema de saúde, no qual um grande número de casos suspeitos é encaminhado apenas aos pneumologistas para a solicitação de exames. Essa restrição acaba levando a uma quantidade de desproporcional de especialistas para o atendimento.
    Estima-se que 7 milhões de brasileiros tenham DPOC e apenas 12% foram devidamente diagnosticados, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
    Cerca de 70 a 80% dos pacientes deste total poderiam e deveriam ser tratados na APS. Somente os pacientes mais graves precisam ser avaliados por especialistas, assim como acontece na hipertensão arterial e diabetes.

    Por isso, faz-se urgente a capacitação de outros profissionais da saúde na APS como clínicos gerais, enfermeiros e farmacêuticos para ampliar o atendimento e a realização dos exames diagnósticos.
    Sem dúvida, um dos caminhos que agiliza soluções para esse desafio é a formação de sólidas parcerias intersetoriais, público-privadas, visando melhorar o cenário da saúde pública no país.
    Já é possível identificar iniciativas importantes nesta direção. Recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo lançou o protocolo clínico para DPOC e, numa ação em parceria com o setor privado, disponibilizará uma plataforma contendo oito cursos de capacitação online.
    A iniciativa poderá alcançar cerca de 2 mil profissionais de diversas especialidades no município, ampliando de maneira significativa o atendimento.

    Fazer com que os pacientes tenham mais acesso e agilidade a diagnósticos e tratamentos é gerar qualidade de vida e produtividade, bem como ajuda a reduzir os impactos financeiros das doenças pulmonares no sistema de saúde.

    Angela Honda é médica pneumologista. Líder de Programas Educacionais da Fundação ProAR. Médica voluntária na Reabilitação Pulmonar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
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